Estar só não é solidão: é reencontro
- Thalia Luiz
- 16 de mai.
- 3 min de leitura

O que é solidão — e por que ela dói tanto?
A solidão, em sua definição mais comum, é o sentimento de estar só, desconectada do mundo, das pessoas e até de si mesma. Muitas vezes ela vem acompanhada de tristeza, vazio e insegurança.
Mas será que estar sozinha precisa ser sinônimo de dor?
Vivemos em uma sociedade que valoriza demais a presença do outro: um relacionamento, amigos, redes sociais sempre ativas. Estar só, nesse contexto, pode parecer um fracasso. Mas a verdade é que nem sempre a companhia dos outros significa conexão verdadeira. E nem sempre o silêncio é vazio — às vezes, ele é um convite.
Solitude: o lado bom de estar só
Diferente da solidão imposta ou sofrida, a solitude é a escolha consciente de estar em sua própria companhia. Ela não exige o afastamento definitivo dos outros, mas sim o desejo de se aproximar de si mesma.
É nesse espaço que nasce o reencontro: com o que você sente, com o que você precisa, com o que você sonha.
Pergunte a si mesma:
Tenho me escutado ou só me distraído?
O que realmente me faz bem — e o que estou fazendo só por medo de estar só?
Quem sou eu quando estou apenas comigo?
Ressignificando a solidão: um convite ao autoconhecimento
Estar sozinha pode ser difícil, principalmente no início. Pode trazer à tona inseguranças, memórias dolorosas, perguntas sem resposta. Mas também pode ser uma oportunidade única de parar de se abandonar.
É no silêncio que escutamos nossas verdades. É na pausa que sentimos nossos desejos. É na solitude que podemos, pela primeira vez, nos colocar no centro da própria vida.
Dicas para viver esse momento com mais presença:
Escreva sobre como você se sente — mesmo que doa.
Faça algo por você todos os dias, mesmo que pequeno.
Não tente preencher o vazio com distrações. Deixe o espaço existir. Às vezes, ele é fértil.
Busque apoio se sentir que está difícil demais sozinha. Estar com você não significa estar isolada do mundo.
Por que é importante se amar antes de amar alguém
Você já percebeu como, muitas vezes, buscamos no outro aquilo que não reconhecemos em nós?
O amor-próprio não é sobre estar sempre bem, mas sobre se olhar com gentileza, reconhecer seus limites e respeitar sua história. Quando aprendemos a nos amar, deixamos de aceitar menos do que merecemos e paramos de buscar fora aquilo que só nós podemos oferecer internamente: presença, escuta, cuidado.
Amar o outro fica mais leve quando o amor por si mesma já tem raízes.
Perguntas para refletir: Eu me priorizo ou sempre coloco os outros na frente?
Sei dizer o que gosto, o que não gosto, o que quero para mim?
Tenho me tratado com a mesma paciência e carinho que espero receber de alguém? Estar só é estar com quem mais importa
A solidão pode doer. Mas, quando acolhida e ressignificada, ela pode se transformar em uma ponte para dentro — um caminho de volta para si.
Talvez seja justamente nesse tempo só que você redescubra sua própria voz, seus desejos, sua força.
Estar só não é o fim de nada. Pode ser, na verdade, o começo de tudo.
Se esse texto despertou algo em você e sente que precisa de apoio nesse momento, a terapia pode ser um espaço seguro para esse reencontro consigo. Você pode agendar sua primeira sessão comigo gratuitamente para conversarmos sobre o que está sentindo e como posso te acompanhar nesse processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional.
💬 Me envie uma mensagem e vamos dar esse primeiro passo juntas. Você merece se escutar com mais presença e cuidado.
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